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MUNDIAL DE BALI 2013


Carta da Diretoria

Caros amigos,

O bridge brasileiro atravessa uma fase, infelizmente, sofrível no cenário internacional.

A Federação busca, neste exato momento, a aprovação do Ministério dos Esportes para um projeto destinado a custear as passagens e estadias dos jogadores no Sul Americano e no Mundial.

Entretanto, os últimos resultados poderão inibir a obtenção de recursos resultantes do patrocínio das empresas.

É pensamento da Federação que o Brasil necessita de mais ou menos dois a três anos para formar equipes, efetivamente, competitivas. Muito bem, mas quais são os caminhos que deverá trilhar para alcançar este objetivo? O que há de errado? Será apenas um período de entressafra? O que é possível fazer para o aprimoramento do Bridge nacional?

A Federação, já disse, não tem, longe disso, a onipotência das respostas corretas. Ela precisa de ajuda e colaboração de todos. Portanto, nos próximos dias, a Federação deseja ver respondidas tais questões pelos jogadores mais atentos e preocupados com a situação atual do bridge brasileiro. Usaremos as suas ponderações para traçar programas e linhas de ação.

Deixamos aqui claro que qualquer associado que quiser se pronunciar, este espaço estará sempre disponível.

Obrigado. Assis.

Sergio Peixoto - resposta

Meus amigos.
O problema, na minha opinião, começa na simultaneidade da disputa entre amadores e profissionais e irá se estender a outros países. Nada contra nem a favor do amadorismo ou do profissionalismo, mas é injusto fazer amador enfrentar profissional. Este é e sempre será o ganhador e, por isso, há (ou havia) e deverá haver competições distintas para uma e outra classe de jogadores seja qual for a modalidade esportiva.
Abraços saudosos.
Sérgio

Roberto Barbosa - resposta

Concordo com o Sergio que todo ano vem a mesma discussão. Concordo com ele também que no longo prazo (15+ anos), para formarmos uma equipe forte, precisamos de uma quantidade grande de jogadores - Quanto mais gente jogando bridge, a probabilidade de conseguirmos 10-15 jogadores de altíssimo nível na idade de melhor rendimento (entre 30 e 50 anos), como tivemos no passado, aumenta.
No curto prazo a receita é simples... e cara. Escolha os melhores jogadores (na minha opinião não menos do que 5 duplas), pague uma ajuda de custo mensal e a participação (passagem, hospedagem, refeições) deles em pelo menos 2 torneios internacionais abertos de alto nível por ano (são muitas opções: Nationals (são 3), Europeu Aberto, YEH BROS CUP, Yokohama, Cavendish), além do brasileiro e sulamericano. Faça 2 quadras no seleção e a equipe que ganhar se completa se for necessário. Continue fazendo isso por mais 2/3 anos e o resultado vai aparecer. Entre as viagens, use os jogadores para dar aulas/palestras, ministrar camps e obrigue-os a jogar torneios nas suas regiões para aumentar o nível técnico da base.
Este foi um modelo que a Holanda adotou. Quem tiver paciência, entre nos sites dos campeonatos abertos entre 2003 e 2009 e veja se os holandeses não estavam sempre lá com 2-3 quadras. A verdade é que, com o sucesso, é fácil observar que atualmente a maior parte das duplas do projeto viraram profissionais muito bem pagas por patrocinadores americanos/europeus e a federação holandesa não tem mais que investir tanto para manter seus jogadores ativos.
No fim das contas, o projeto foi apenas um processo de criar profissionais de alto nível em um país que tinha bons, mas não extraordinários, jogadores de bridge.
Porém, a nossa federação ainda tem poucos recursos e, nossa grande virtude, a meu ver, é que pelo menos o torneio de seleção é aberto e tem todo ano, assim quem acha que pode fazer melhor pode brigar pelo direito de representar o Brasil.
Abraços a todos

Rafael Amoedo - resposta

Caros amigos:
Aproveito a oportunidade para daqui da loginqua Bahia chover no molhado.
O Brasil tem hoje 10 grandes mestres dos quais apenas 5 jogam com alguma regularidade e mal se conectam.
O Brasil tem hoje 20 mestres dos quais metade joga com alguma regularidade.
O milagre brasileiro já passou.Nossos valorosos campeões fizeram o impossível e as custas de esforço pessoal e ajuda de poucos abnegados conseguiram o inimaginável.
Os tempos mudaram. Muitos já se foram. Dos que restaram a relação se dasgastou. O conflito de egos corroi os relacionamentos e sem a renovação e oxigenação das equipes torna-se impossível criar o indispensável espírito de equipe que aliado a tecnica refinada fazem a saga dos vencedores.
Cumpre contudo a nós bridgistas (espécie em extinção) fazermos o "mea culpa".
Comecemos pela propria Federação Brasileira de Bridge que vive em absoluto estado de letargia incapaz siquer de organizar um Campeonato Brasileiro.
De há muito não ajuda em nada do custeio. No meu tempo forneciamos baralhos e custeavamos o Arbitro (pelo menos) e ainda davamos alguns trocados para a organização.
Hoje "necas de pitibiribas".
Com o fim da Revista Brasileira de Bridge (ultimo elo de ligação do nosso mundo pelos Estados) cumpriria à Federação dinamizar o seu site e fazer atraves de artigos e fatos do nosso pequenos mundo nos sentirmos ligados e termos aí fonte de instrução e aprendizado aos nossos alunos dos Clubes Federados. (qual o que - deste coelho não sai nada).
Na nossa ultima reunião na Bahia ficou deliberado (as atas da Federação deveriam estar no site) fundo para projeto de apresentação do Bridge de formas a captar junto aos orgãos as benesses que julgamos merecer como esporte. Nada foi feito ou siquer contas prestadas à aqueles que as custas de esforços pessoais como nos aqui da Bahia e nossos amigos de Minas Gerais contribuiram para tal mister.
O mundo mudou. A violencia que grassa no pais nos afasta do convivio e da frequencia aos clubes sociais. Ninguem sai a noite com a frequencia de 10 anos atrás.
O mundo virtual é uma realidade. No BBO existe um torneio a cada minuto com participantes de todo o mundo. A 1 dolar se joga com quem queremos. Já pensou a Federação em participar neste BBO organizando torneios para Brasileiros como acontece com Italianos, Espanhois, Gregos e Troianos. EU pagaria de bom grado 2 , 3 , 4 ou 5 dolares para jogar num torneio ou quadra com brasileiros. Tirando o 1 dolar do BBO sobraria algo para FBBridge. De dolar em dolar este povo esta milionario e nos aqui na terrinha ficamos chorando as nossas pitangas e dando dinheiro para eles.
Este mundo virtual seria ao meu ver importantissimo na captação de jovens tão afeitos a iphones , Ipads e outros Is.
Estamos perto do nosso 60 campeonato brasileiro outra vez aqui em Salvador.
O postulante a um cargo majoritario deveria ter sempre um plano de governo para apresentar ao desejar se efetivar como maximo mandatario deste nosso mundinho.
Sabemos das dificuldades e não adianta chorarmos como fazem os politicos alegando heranças malditas. NO nosso caso temos uma herança de glorias conseguidas Deus sabe como e que dever ser a motivação para pensarmos que se sem ter nada eles conseguiram tanto o que seria do Brasil no bridge mundial se tivessemos estrutura condigna com o nosso potencial humano. Pensemos nisso e imbuidos de bons propositos e ideias sentemos à mesa na nossa reunião anual com pauta que contemple os projetos que nos remetam a LUZES e AÇÂO.
Abraço a cada um esperando encontrar a todos aqui em novembro,
Rafael Amoedo

Assis - resposta

É verdade, Rafael, a Federação apequenou-se e mais ainda empobreceu. Entretanto, o trabalho desenvolvido para captação de recursos para projetos do Bridge encontra-se tramitando no Ministério dos Esportes. Infelizmente, o fundo de R$ 5.000,00 investidos por Minas e por Brasília para a elaboração de um livro não foram suficientes para custear, sequer, a formação e a formatação dos projetos, o cumprimento das exigências reivindicadas pelo Ministério, e os profissionais envolvidos. Aliás, o pagamento desses profissionais foi suportado por pessoas físicas aqui do Rio.
É certo, para tudo falta dinheiro, inclusive para antiga revistinha de Bridge. Por outro lado, também é certo que alguns amigos, talvez em gesto tresloucado, se arriscaram em novamente submeter o meu nome para a reeleição "majoritária" em novembro próximo. Deixo aqui, claro a mais não poder , que estou pronto para declinar dessa candidatura em prol de um nome certamente mais apto, mais atento, mais criativo, enfim, mais categorizado para liderar o nosso pobre Bridge brasileiro.
Abraço. Assis.

Rafael Amoedo - resposta

Caro Assis e amigos:
Não estou aqui a deflagrar campanha eleitoral.
Estou apenas provocando.
A fase nacional é passivel de provocações em todos os niveis.
Estou neste exato momento preparando plano de governo para o Estado da Bahia visando eleições do proximo ano.
Neste projeto ouvimos as queixas de quem foi as ruas. Vivemos um novo momento. Quem for incapaz de ouvir o clamor e continuar surdo vai ser ejetado do sistema.
Queixo-me da federação pois que nao foram so 5000 reais .Foi muito mais Brasilia Bahia Minas e creio Sao Paulo e Rio contribuiram.
Queixo-me de um site que nao posta as atas deliberativas da Federação desde 2008( é so consultar o desleixo).
Queixo-me de não termos um unico patrocinio no site. Tinhamos à epoca do Marcelo Castello Branco o Bradesco e a Thyssen que nos ajuda até hoje contribuindo inclusive neste proximo brasileiro.Será que não temos na Diretoria da Federação ninguem capaz de buscar um misero patrocinio.
Queixo-me da falta de prestigio junto a um politico (basta um deputado federal) que disponibilize um assessor parlamentar para dar a linha mestra de um projeto de captçao.
Frise-se que os recursos a que me refiro acima foram alocados tão somente para se contar um pouco da historia do que eh o Bridge e da importancia do Bridge Brasileiro no mundo para municiar ao menos um destes assessores parlamentares.
Queixo-me da inercia e dos queixumes. Se é para se queixar para que serve querer.
Neste cargo não adianta chorar.Nunca vi o Ernesto chorar nem nos momentos mais dificeis que testemunhei.Nunca vi o Marcelo chorar nem quando assumimos em 2001 sem um tostão furado em caixa e ele e sua Diretoria foram capazes de modernizar a gestao e criar uma pequena mas eficiente estrutura que foi inclusive de além de ajudar os federados a organizar os Brasileiros a patrocinar parte de passagens com equipes notadamente os juvenis.
Nao quero criar celeumas e nao sou candidato.Estou e sempre estarei a disposição para ajudar a quem quer que seja empunhe com galhardia a Bandeira do Bridge Brasileiro.
Creio tambem que esta tarefa nao é e não será de um homem(ou mulher frise-se bem) só.É necessária uma equipe coesa e que vista a camisa e que esteja disposta a se reunir para deliberar ao menos 4 vezes ao ano com tarefas compartidas e metas a serem cobradas pelo gestor maior.
Bom acho que já estiquei a corda demais. Acho que o melhor é termos uma pauta propositiva para novembro e paixões à parte somarmos esforços para a concretização do nosso objetivo maior: Criar o futuro do Bridge Brasileiro espelhados na memoria do que os nossos antecessores conseguiram com tão pouco material humano e tão poucos recursos financeiros.
Grande abraço a você com o respeito e admiração que devoto
e abraço aos outros amigos que fazem parte deste grupo de discussão
Rafael Amoedo

Assis - resposta

Meu Caro Rafael,
Meu propósito, no início dessa discussão, era, efetivamente, pugnar pela boa discussão, aquela que ajudasse a indicar caminhos seguros para a massificação e o aprimoramento do bridge no Brasil.
Entretanto, as suas críticas e ponderações a respeito da administração da Federação não me deixam alternativa e obrigam uma resposta.
A Bahia suportou grande parte, senão quase toda, da despesa para a realização do Brasileiro no ano passado. A generosidade da Bahia (leia-se você, Aloi e outros abnegados) é sempre um alívio para os cofres da entidade. Entretanto, no que diz respeito exclusivamente aos recursos percebidos para a elaboração de um livro sobre o Bridge, informo que apenas Minas e Brasília (leia-se Jeovani) contribuíram com a quantia de R$ 2.500,00 cada. Nem o Rio, nem São Paulo, nem qualquer outro Estado, (será que estou cometendo enorme equívoco já que não há registro na contabilidade deste depósito de R$ 2.500,00 feito pela Bahia?), optou pelo desembolso de idêntica quantia para mencionado objetivo, aliás, espontâneo, apesar de registrado em Ata. Assim, não foi possível levar adiante o projeto e, por isso mesmo, os recursos aportados por Minas e Brasília (possivelmente Bahia- vou checar novamente com o contador) encontram-se intocados, corrigidos e prontos para retornar aos bolsos dos respectivos doadores.
Com relação à capacidade de a Federação realizar o Brasileiro, não custa lembrar que a nossa querida Fernanda é encarregada de coordenar o torneio em nome da entidade e por ela é paga. (a par disso, informo que o árbitro e os baralhos também serão suportados este ano pela Federação).
Por outro lado, você tem razão no tocante à publicidade das Atas na página da Federação. O “desleixo” será desfeito.
Para o patrocínio, adotei os procedimentos corriqueiros junto ao Ministério dos Esportes (é um dever de casa do qual não se pode prescindir).
Ninguém quer ser patrocinador sem uma contrapartida (os incentivos fiscais), a não ser aqueles muito amigos de bridgistas que resolvem colaborar por mero altruísmo e paixão pelo esporte. Ressalto, todavia, que não é preciso pertencer à Diretoria para buscar recursos para o Bridge. Ultimar providências para tal fim está na mão de qualquer um e de todos.
Na verdade, hoje o grande patrocinador do Bridge é uma pessoa física, amiga e também diretor, bem conhecida dos jogadores brasileiros, tão conhecida que sequer necessito declinar o nome.
Infelizmente, os parlamentares que conheço não trafegam pelas abas aconchegantes do poder central, mas chegaremos lá.
Admito que a massificação do Bridge não é tarefa para um homem só. Sem a participação efetiva de muitos, já que somos muito poucos, não haverá segurança de que, mesmo com enorme esforço e dedicação, o Brasil terá o Bridge que merece e aspira.
Por fim, asseguro a você que não choro pela debilidade financeira da Federação, e nem justifico o seu passo trôpego pelas poucas moedas encontradas no seu cofre, mas, choro, sim, quando percebo que o Bridge prefere uma discussão pontual burocrática à busca de um antídoto eficaz contra o seu definhamento.
Também deixo claro o meu apreço e consideração por você que tanto fez e, estou certo, fará pelo Bridge.
Grande Abraço.
Assis.

Rafael Amoedo - resposta

Caro Assis:
Não pretendendo fazer deste foro uma ladainha interminável posto que este não êh o foco e tendo apenas o interesse de mexer com os brios da nossa turma num momento que estamos machucados com mais um insucesso venho encerrar a minha momentânea participação pondo o seguinte:
A-se puxares pela lembrança e vasculhares Emails entre nos trocados roguei ao amigo prorrogação ao pagamento da taxa extra face a Bahia ter bancado sozinha o Brasileiro do ano passado.
Isto posto meses depois foi enviada a remessa conforme nos assegura o sr Anonio Jorge Watt bridgista e diretor financeiro do nosso clube.

B-tendo tentado ajudar a materializar o brasileiro deste ano em Florianópolis a preços acessíveis aos nossos bridgistas e não conseguido datas satisfatórias , nos foi solicitado negociar com o mesmo hotel do ano passado para repetirmos o modelo de meia pensão a preços camaradas.
Tal foi feito e a par disto solicitamos ajuda a nossa patrocinadora Thyssen para cobertura de alguns custos.
Outrossim nosso clube disponibilizou prontamente funcionário para ajudar no evento e também uma caixa de baralhos com código de barras , além de estar preparado para bancar eventuais furos de caixa om contratação de cocktail de abertura , jantar dançante de encerramento e duas noites de luau.

Em nenhum momento solicitamos ou nos foi graciosamente ofertada nenhuma ajuda financeira por parte da entidade.
Cumpre salientar que não somos orgulhosos e que a ajuda a contratação de árbitros e oferecimento de baralhos após o nosso choro será bem vinda.

Mas folclores a parte fico feliz que a Federação reconheça a Fernanda Joannitti como sua funcionaria e a remunere a altura do seu trabalho pois que certamente sem ela e já o disse de publico no meu discurso de encerramento ano passado será impossível aos clubes mais distantes realizar um Campeonato a altura do que almejam os seus participantes.
Por fim e nao menos importante friso a importância de termos uma pauta propositiva para a nossa reunião de novembro próximo e um projeto efetivo de governança para ser apresentado por aqueles que almejem a próxima Presidência da entidade.
Nada contra você ou contra qualquer outro.Vejo no Bridge o espelho da minha vida.O Bridge me deu muito.
Ganhei amigos irmãos , sócios em negócios e portas abertas Brasil afora.So tenho a agradecer
Se fores candidato nao me furtarei a apóia-lo com o voto e a ajuda que necessitares.
Nao me calarei contudo , pois nao êh do meu feitio , a cobrar metas e resultados pois que quem coloca a cabeça a prêmio na federação terá pouquíssimos bônus e certamente muitos ônus e como tal estará sujeito ao crivo da nossa pequena mas exigente coletividade
Grande abraço e que Deus continue te iluminando
Rafael

Assis - resposta

Obrigado, Rafael
Também encerro aqui esse nosso pequeno e irrelevante entrechoque.
Você faz bem em cobrar da administração.
Como diz o cartaz das ruas, "cidade muda não muda".
Abraço. Assis.

Leão Carvalho - resposta

Assis:
se ajudar, acho que a federação tem três coisas importantes e fundamentais a fazer:
1) unificar o sistema de pontos de ranking nacional. não faz sentido cada estado ter o seu próprio
2) obter "status" de esporte para o bridge no brasil, e
3) disciplinar sem concessões os regulamentos e regras a serem seguidas, e aprender com as concessões cedidas eventualmente. dou exemplo deste ultimo bb: como a quadra que venceu não conseguiu colocar pelo menos 4 jogadores originais, a 2a colocada é quem deveria ter ido. o regulamento do próximo seleção deveria conter esta cláusula, mostrando que a federação consegue aprender com seus erros.
infelizmente, e sendo sincero com você, não espero que nada disto seja feito, porque precisa de competência e vontade política, talvez mais da última do que da primeira, e historiacamente estes predicados não vêm sendo denstrado por nossas administrações.
abraço
Leão Carvalho

Assis - resposta

Caro Leão,
O primeiro item já é motivo de preocupação há longo tempo, conforme frisado por você. Beto e seu pai estão envidando esforços para unificar o ranking. Não é uma tarefa simples, mas acredito que os resultados dos diversos torneios nacionais servirão de base para a adequação dos jogadores.
2- O Brasil já é considerado esporte desde 2011 pelo Ministério dos Esportes. Esse reconhecimento nos deu o ensejo de apresentarmos projetos para aprovação no Ministério com o propósisto de captarmos recursos para sua efetivação. Estamos aguardando a análise.
No tocante ao terceiro item, você está coberto de razão e é firme intenção nossa de que casos como esse jamais se repitam. O regulamento será imperativo.
Finalmente, com a relação à atual administração, só me cabe aceitar a sua crítica e procurar fazer o melhor possível. Se eu me der conta de que não atenderei às expectativas dos associados, retiro o meu time de campo.
Obrigado pelas ponderações.
Grande Abraço. Assis.

Marcelo Castello Branco - resposta

Já que a discussão derivou para o papel da FBBri não posso deixar de lembrar o curto período que assumi a presidência.
Faz tempo, eu sei, mas vale lembrar.
Não sei se já fiz tais reconhecimentos de público tão clara e firmemente. Acho que sim, mas não me cansarei de repetir.
Que apoio que tive de Rafael, Sergio, Fernando Amaral e do Damião!!!
Pegamos a federação quebrada, desestruturada e, aos poucos, a reconstruímos.
Montamos, aprovamos e registramos o estatuto.
No início, para ter algum dinheiro em caixa, pedimos que alguns abnegados colaborassem voluntariamente. Colaboraram.
Cobrávamos a anuidade dos clubes, fossem do Rio, São Paulo, Minas, Bahia, Rio Grande do Sul e até do Paraná. Pagavam.
Ajudamos os juniores. pagamos os árbitros e compramos os baralhos.
Sergio fazia a parte jurídica; Rafael destacou um contador de sua empresa para regularizar as finanças; Fernando não jogou torneios de seleção para se manter isento; Damião nos apoiava.
Enfim, havia uma união.
Quando vejo a troca de emails Assis-Rafael fico assustado.
Sendo tão poucos, tão frágeis, tão pequenos que volte a haver tal espírito.
Amém!
M.

Assis - resposta

Estamos mais velhos, mais intolerantes, mais cansados.
Enfim ... seguimos aos trancos, mas seguimos.
Amém.

Federico Kladt - resposta

Prezado Assis
não posso me furtar a participar desta discussão. Concordo em partes com a maioria dos pontos levantados, mas gostaria de dar uma visão um pouco diferente. O que o Bridge brasileiro precisa, é a mesma coisa que o Brasil precisa: choque de gestão! Precisamos parar de sermos amadores, e sermos mais profissionais. E quando digo profissional, digo isto com todas as letras, ou seja, um indivíduo que gaste pelo menos 8 horas diárias, ou 40 semanais nestas atividades. Concordo com o Rafael que não fizemos nada (me incluo neste mea culpa), a administração do Bridge não evoluiu nada, não temos nenhuma novidade. Para piorar, fizemos um torneio de seleção (com regulamento e tudo) e acabamos não seguindo o regulamento e mandamos uma equipe que tecnicamente (de acordo com o regulamento) não poderia ter ido. Nada contra a equipe, até acredito que acabou sendo a melhor equipe que poderíamos enviar. Só não faz sentido pedir que nossos asscociados paguem a inscrição, joguem durante uma semana, e depois mandamos dizemos que o regulamento não valia. Como podemos pedir para que mais jogadores participem do torneio se tomamos atitudes assim? Mais profissionalismo, por favor! E profissionalismo principalmente em duas frentes:

• Na gestão do bridge. Precisamos ter um presidente da Diretoria renumerado, e que se dedique integralmente à construção do projeto Bridge Brasileiro. Gastarmos o pouco dinheiro da Federação com este Diretor renumerado é MUITO MELHOR e MAIS PRODUTIVO do que gastar o nosso dinheiro com pagamento de inscrições das nossas equipes nos mundiais. Na WBF informamos que temos 1194 bridgistas. Se conseguissemos que todos eles pagassem uma taxa da Federação de R$ 200 anuais, teriamos uma verba anual de R$ 238800, o que permitiria que pudessemos pagar (digamos) R$ 10 mil mensais a este Diretor. Poderíamos contratar um recém formado de um curso de Gestão Esportiva, que dedicasse as suas 40 horas mensais para:

o divulgar o bridge em todos os estados e cidades possíveis, ajudando na organização de torneios, e sempre buscando trazer novos associados
o organizar cursos de bridge em todas as cidades que demonstrarem interesse, e até articulando a possibilidade de organizarmos estes cursos em escolas e universidades
o buscar ativamente patrocinadores
o buscar ativamente o reconhecimento do bridge como esporte frente às Instituições Brasileiras, e com isso conseguir verbas do Ministério dos Esportes
o organizar o bridge "on-line" (como foi sugerido pelo Rafael), sempre com o objetivo de atrair mais pessoas para a Federação. É totalmente factível sonharmos com 10000 associados (e com uma verba decorrente disso de R$ 2 milhões!!!)
o organizar o sistema de ranking da Federação para que ele tenha abrangência nacional e possa substituir o sistema diferente que cada federação estadual adota
o organizar os torneios nacionais de maneira a atrair tantos os profissionais do bridge, quanto aos amadores. Que tal o Campeonato Brasileiro de Amadores?

• Mais profissionalismo em nossos jogadores. Não acho que tenhamos uma entressafra. Nossos jogadores mais jovens poderiam estar em qualquer equipe top do mundo. O que falta é profissionalismo... Não vejo estes jogadores se dedicando 40 horas por semana ao bridge. Não vejo eles criando novos sistemas (nunca ouvir falar de uma convenção criada por eles, como ouço falar das convenções criados pelos Brancos, pelo Chagas, pelo PP Assumpção, pelo Aranha). Quando ganhamos a Bermuda Bowl em 1989 a equipe brasileira ficou meses treinando. Quanto tempo as nossas equipes tem treinado? Vejam o que a Itália fez com o Madalinha: fez ele pensar em bridge 8 horas por dia, e depois de dois anos (talvez tenha sido até mais) ele estava pronto para representar a Itália. Não acho que ele tenha mais talento do que os nossos jogadores, ele só teve mais dedicação. Quanto de nossos jogadores leem regularmente livros e revistas de bridge? Se não fosse o esforço do Ernesto, eles nem participariam dos campeonatos americanos, ou seja, não há o esforço para a troca de experiência, fundamental nesta atividade como em qualquer outra. Acho que com o salário que estes jogadores recebem de seus sponsors, eles deveriam gastar seu tempo livre com mais estudo, mais treino, mais dedicação. Mas de novo isto é um espelho do Brasil: nós brasileiros gostamos das coisas de mão beijada, da lei do mínimo esforço. Não gostamos de trabalhar pesado ...

Assim, Assis, acredito que a primeira coisa que devemos e precisamos fazer é contratar um profissional para dirigir o bridge. Podemos criar um Conselho de Administração, ao qual este profissional ficaria subordinado e onde os atuais dirigentes teriam assento, mas não podemos mais prescindir deste profissionalismo.
Gostaria de que ninguém se ofendesse com meus comentários (nem com os comentários dos outros participantes desta discussão), não estou criticando especificamente ninguém. Mas se não fizermos algo, o bridge vai morrer no Brasil, e isto é algo que eu gostaria muito de evitar. Assim, vamos receber estes comentários e críticas de peito aberto, e vamos fazer algo real, possível e profissional pelo Bridge!!!
Um abraço carinhoso
Fred

Pedro Paulo de Lima Castello Branco - resposta

Assis,
Realmente o bridge brasileiro vive um momento muito ruim, eu que jogo bridge há 50 anos não me lembro de uma sequencia de resultados tão ruins. Não há fórmula mágica para reverter tal situação a curto prazo. Talvez uma boa medida seja fazer o torneio de seleção por duplas, formando a equipe com as 3 primeiras colocadas. Isto evitaria a influencia de critérios subjetivos e outros tantos. Quanto ao dinheiro necessário para as viagens aos Sulamericanos e Mundiais tenho certeza de que não vai faltar, nesses anos todos ninguém deixou de representar o Brasil por essa razão, de uma forma ou de outra o dinheiro aparece.
Abraço,
Pedro

Jeovani Ferreira Salomão - resposta

Caro Rafael,
Apenas registro que Brasília também contribuiu para o projeto deliberado na Bahia.
Gosto muito da ideia do BBO em adição ao mencionado pelo Beto e pelo Sérgio. Penso que os projetos se complementam. A vantagem do BBO é que é o único possível sem patrocínio externo.
Existem muitas fontes de recurso no Governo, mas é preciso tempo e dedicação. Seria um bom investimento contratar um especialista no assunto, cuja remuneração principal viria com o sucesso do projeto.
Um abraço
Jeovani

Pedro Paulo de Lima Castello Branco - resposta

Beto,
Concordo que sua receita de curto prazo teria grande chance de funcionar, mas nós não somos a Holanda aonde o Bridge tem grande popularidade e portanto pessoas e empresas interessadas em patrocinar. Quem patrocinaria tal projeto no Brasil?
Acho que temos que ter os pés no chão e em primeiro lugar aumentar o número de torneios importantes no Brasil.
Abraços,
Pedro

Marcelo Castello Branco - resposta

Para mim o diagnóstico é claro:
O Bridge brasileiro não acompanhou a evolução que ocorreu nos últimos 10 a 15 anos.
Bem, se estendermos um pouco o escopo do problema, o país atrasou-se em quase todos os campos: na engenharia, na medicina, na indústria, na saúde e saneamento básico, na ciência e na tecnologia, na infra-estrutura, etc, nos últimos 20 anos.
Apesar de nossos governos "baterem bumbo" diariamente nos meios de comunicação - com verbas públicas é claro - esta é verdade.
A diferença entre nós e os desenvolvidos, mesmo em crise, só vem aumentando.
Inflação razoavelmente sob controle e o combate á miséria absoluta via bolsa-família mínima são os únicos avanços palpáveis. É pouco, muito pouco!
E la nave va...
Isto dificulta o intercâmbio em qualquer atividade. Adicione-se: diminuição do interesse pelos jovens; entre-safra de bons jogadores; dependência financeira de uma só pessoa; certas rivalidade tolas e os maus resultados só se repetem.
Solução? Só com dinheiro do governo ou de alguns magnatas sem interesse próprio na formação das equipes.
M.

Pedro Paulo de Lima Castello Branco - resposta

Assis e Serginho,
Para vocês que são dirigentes de nosso bridge.

1. Em primeiro lugar temos que aumentar o número de torneios importantes no Brasil.
2. Termos sómente o Torneio de Seleção e o Campeonato Brasileiro é muito pouco.
3. Podemos reviver o Campeonato Brasileiro por Estados, cuja extinção matou o Bridge em Minas, Riogrande do Sul, Pernnambuco, Antigo Estado do Rio e Bahia.
4. Criar outro Campeonato Nacional com livre formação de equipes.
5. Criar uma fórmula para que os vencedores destes torneios disputem uma vaga na equipe represntativa do Brasil. Por exemplo uma competição de fim de semana no Rio ou em São Paulo entre os vencedores dos torneios acima.

Sei que muitos vão dizer que não podem se ausentar de seus afazeres por tantas vezes, mas paciencia se queremos melhorar nosso bridge temos que jogar mais.
Estas são as sugestões de um grande torcedor.
Abraços,
Pedro

Sérgio Brum de Barros - resposta

Meus caros amigos,
Atendendo a pedidos do Assis, a quem não recuso nada, me manifesto.
Mais um ano se passou e, como nada mudou, a discussão, como não podia deixar de ser, se afigura a mesma.
Minha posição também se mantém. Para não ficar repetindo o que já foi dito, resgatei algumas mensagens trocadas no ano passado e um esboço do que entendo deva ser a estratégia para ampliação da base de jogadores (vide anexos), sem o que muitos outros anos se passarão sem novidades.
Abraços saudosos a todos,
Sérgio

opinião do Sérgio Brum

Pedro Paulo de Lima Castello Branco - resposta

Caros amigos,
O bridge profissional na Europa e nos USA já existe pelo menos desde a década de 60, Jais-Trezel, Reese-Shapiro, o Blue Team, os Dallas Aces e outros tantos. Quem disputasse a Bermuda Bowl nessa época só poderia pretender chegar em terceiro pois Italia e USA eram inalcançaveis. Nós jogamos muitos anos contra eles e as vezes chegamos em terceiro e outras em quarto.
É verdade que o mundial tinha poucos participantes mas não haviam equipes de quinta categoria, as outras eram França, Inglaterra, Israel, Chinese Taipei, Indonesia e etc., não tinha moleza. E assim fomos levando porrada por muitos anos até melhorar nosso bridge, não havia outro meio pois o intercambio era nenhum e internet nem pensar. Alguns, aqui no Brasil, dizem que quando ganhamos a BB era muito mais fácil pois eram só 10 países no Round Robin. Pois eu acho que era muito mais difícil pois só se classificavam para as finais os 2 primeiros ou seja 20% do campo, hoje são 8 em 22 ou seja 36% do campo. E depois de chegar entre os 2 primeiros tivemos que enfrentar a Polonia em 160 bolsas e os USA em 176 bolsas.
Não há qualquer dúvida que hoje o profissionalismo está muito mais presente, mas creio que com talento e muita dedicação podemos pelo menos estar entre os 8 melhores.
Sonhar com profissionalismo no Brasil nos moldes se Europa e USA é utopia, aqui 99% da população não sabe o que é Bridge, não há mercado.
Abraços,
Pedro

Marcelo Castello Branco - resposta

Assis e amigos,
Pensando mais calmamente sobre o problema da formação da equipe brasileira creio que nosso ponto mais fraco está na formação das duplas.
Creio que a FBBri deveria estabelecer critérios mínimos para que qualquer dupla pudesse representar o Brasil e nomear uma Comissão Técnica para avaliar o trabalho (esforço) da dupla.
Inicialmente pensei em dois critérios básicos, ou seja:

1. Jogar um mínimo de 800 bolsas por ano
Cheguei a este número considerando: 52 semanas no ano * 16 bolsas por semana = 832 bolsas
Seriam contadas bolsas em torneios oficiais (locais, nacionais ou internacionais) e, também, treinos pela internet devidamente comprovados.
É pouco, eu sei, mas diante da carência de torneios no Brasil me parece o que é possível exigir.

2. Apresentar um sistema por escrito que cobrisse no mínimo
Leilão livre:
Para cada abertura até a 3a voz do Abridor e do Respondedor
Tratamento das mãos de slam detalhando:
Filosofia e significado dos cue-bids incluindo significado sobre Dobro dos adversários;
4ST em salto e no nivel; idem para 5ST
Saltos em naipe para mostrar seca/chicana
Formas diversas de perguntar Ases/Reis ou cartas-chave
Outras declarações mostrando interesse/assegurando slam
Leilão com interferência
Estrutura do sistema detalhada sobre: Dobre Informativo; Overcall Simples; Overcall em salto em níveis 2, 3 e 4.
Uso de vozes especiais para mostrar apoio ou outras mãos
Tal estrutura não pode ser genérica e, sim, específica, ou seja:
Sobre abertura de 1 pobre
Sobre abertura de 1 rico
Sobre abertura de 1/2ST
Sobre abertura de 2 paus forte
Sobre abertura de 2 fraco ou bicolor
Sobre abertura de barragem
Interferência
A mesma ideia, ou seja: detalhar, pelo menos, 2 vozes de cada jogador sobre cada abertura adversária: 1 pobre; 1 rico, 1ST etc etc

Critério Geral:
TENTAR EVITAR AMBIGUIDADES
Aquela coisa: bem... esta voz pode ser isso ou aquilo...
IMPORTANTE: o sistema deve ser apresentado até o fim do mês de novembro ou seja, para quem pretende representar o Brasil em 2014 a data limite é 30 de novembro.
A Comissão Técnica nomeada pela FBBri examinará cada sistema, não para julgar a qualidade de cada voz ou convenção, mas, principalmente, para identificar lacunas.

QUEM QUER REPRESENTAR O BRASIL TEM QUE TRABALHAR.
MÃOS Á OBRA!
Abraços,
Marcelo

Para reforçar o meu ponto - ausência de duplas - relembro os últimos campeonatos que participei ou que me lembro.

2009 - São Paulo
Confusão na equipe e troca de duplas na última hora
Resultado: muito ruim

2011- Veldoven
Improvisação de uma dupla e Eu e Diego, que havíamos jogado algumas vezes juntos em anos anteriores, mas estávamos há algum tempo sem jogar
Resultado: muito ruim

2012 - Lille
Eu e Beto jogando há apenas poucos meses. Ernesto e Maurício idem.
Resultado: muito ruim

2013- Bali (agora)
Improvisação total.
Resultado: muito ruim

Em todos os casos apenas Miguel e JP poderiam ser chamados de uma dupla

De outro lado:

2005 - Estoril
2 duplas bem treinadas (Gabriel e Miguel; Robertinho e Janz) e uma dupla recuperando o treinamento passado (Eu e Pedro)
Resultado: bom (classificamos entre os oito)

2000 - Bermuda
2 duplas no auge do treinamento (Gabriel e eu; Robertinho e Janz) e uma dupla em formação (Miguel-JP)
Resultado: excelente (vice campeões)

Não há outra solução. Ou formamos duplas ou não teremos qualquer chance.
Cabe à Federação forçar/exigir/cobrar a formação de duplas.
Deixar só na mão dos jogadores está provado que não funciona.
M.

Diego Brenner - resposta

Concordo com a maioria das coisas que o Marcelo disse, mas sou consciente que jogadores só tem uma chance hoje em dia no mundial se forem profissionais full-time. Para isso, teria que entrar mais dinheiro, já que não tem como ninguém financiar isso sozinho - o Ernesto já faz muito, assim como fez o Gabriel no passado. Quero acreditar na equipe brasileira, acho que temos potencial, mas falta muito ainda. Para que uma pessoa possa pensar muito em bridge e se dedicar muito ao bridge, alguém tem que financiar, e isso não é nada barato. Espero que saia rápido esse lance da isenção, isso ajudaria muito. Acho que essa tem que ser agora a prioridade da federação. Outra coisa importantíssima é definir um técnico, alguém que tenha poder sobre os jogadores e imponha disciplina, como em qualquer esporte sério. Sem investimento, seriedade e disciplina, seguiremos sendo amadores.
Abraços,
Diego.





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