Torneio em Homenagem à Alexandre Misk, Bahia 2014

Neste último final de semana aconteceu um torneio na Bahia (Hotel Plaza) que se repete, anualmente, há mais de três décadas. Na verdade, Minas e Bahia criaram essa simpática competição que até hoje dá certo, apesar da curiosa mistura do feijão tropeiro com o arroz de dendê.

Em trinta e dois anos de vida jamais um jogador chamou o árbitro ou alguém assistiu uma discussão mais contundente fora dos padrões normais de uma disputa esportiva.

Mais do que um torneio, trata-se de uma celebração à amizade, onde, juntos, todos se embriagam da fonte do Bridge.

Desta vez foi diferente, a cordialidade companheira foi amplificada pela homenagem a um de nossos mais queridos amigos, Alexandre Misk, o Aleco.

Sua morte mais nos uniu e, além dos jogadores da Bahia e de Minas, tantos outros, os mais próximos de Aleco, foram convidados, menos Marcelo.

Não exagero quando afirmo que jamais vi, em muitos e muitos anos de Bridge, uma homenagem igual a essa prestada ao Aleco. Realmente, Rafael superou todas as expectativas. Os participantes, sem exceção, foram premiados com camisetas e medalhas com o retrato do Aleco para deixar claro que ali todos eram vencedores por que privaram do seu convívio. Não foi só. As paredes do salão do jogo encontravam-se ornamentadas com inúmeras reproduções da figura do Aleco, com os mais variados dizeres. Frases dele e frases que falavam dele. Emocionante. Aliás, louve-se o talento deste rapaz filho da Marleuse e do anfitrião, o André, que elaborou com criatividade invejável todo o cenário , assim como as camisetas, as medalhas e os prêmios.

Mais ainda. Os convidados tinham direito a whisky gratuito e não pagavam inscrições. Como disse, a Bahia, em alto estilo, rodou a baiana.

No início da competição, Damião, em contidas e singelas palavras lembrou o grande amigo.

A emoção não lhe permitiu dizer mais.

Rafael comoveu os presentes com as reminiscências sobre o Aleco no torneio Minas/Bahia e em tantos outros momentos que ficarão para sempre na sua memória.

A competição transcorreu com a suavidade da brisa. Pensando bem, nem tanto, Pedrinho Mandelot caiu 1.700 e o Sergio Peixoto não comeu a muqueca do Kimukeka.

Venceu a equipe da Bahia (Rafael, Miguelzinho, Tio Paulo e Aloi).

Cabe aqui um parêntese para fazer uma importante comunicação: o torneio Minas/Bahia, a partir de agora, passa a compor os eventos oficiais da Federação com nova denominação, ?Minas/ Bahia e amigos?, valendo para o ranking nacional e tudo o mais que isso implica. É evidente que doravante o convite para participar se estende a todos os associados, inclusive o Marcelo. Ele continuará a ser disputado em Minas ou na Bahia, num final de semana. Em princípio, no próximo ano, o torneio ocorrerá em Belo Horizonte, de quatro a sete de setembro (o feriado cai na segunda feira), com direito a passeio em Inhotim.

Depois da entrega de prêmios no domingo, ainda sobrou tempo para um torneio de duplas, vencido, respectivamente, por Damião e Ágota (incríveis 69%) e em este/oeste, Rafael e Cysneiros.

Na noite de sábado, a Bahia nos brindou com a voz e a viola do Dico. Muito bom. O Rafael me presenteou com um CD.do rapaz.. Além dele, deram canja Damião (solo), André e Tubiska, (essa cantando Raul Seixas), uma verdadeira surpresa. Um outro jogador também pegou na viola e, com muita afinação, mostrou talento. Pena que não lembro o seu nome.

Nessa mesma ocasião, Andréa (irmã do Aleco) leu no microfone a carta escrita de próprio punho por sua mãe e dirigida a todos os presentes. Um canto de lamento e gratidão. Só isso tornou a noite inesquecível.

Releve-se, ainda, a breve e embargada homenagem do Junqueira ao velho amigo.

Minas e Bahia mostraram ao resto do Brasil que, no mundo do Bridge, está faltando um.




Como Deus é brasileiro ele mora na Bahia, é claro!

E fomos a Bahia, o motivo não era dos melhores, pois fomos prantear o grande(pequeno) bridgista e parceiro o "Aleco".
Tamanha foi a importância que o nosso Peixotão não só montou uma equipe, como quis jogar todos os tempos.
A bem da verdade, segundo o Fernando Cisneiros ele queria mesmo era comer a muqueca do Kimukeka, eleita pelo guia Peixoto Best Restaurants in Bahia, como a melhor muqueca do Brasil, quiça da Bahia.
Infelizmente para nosso amigo, os patifes dos seus companheiros mais as artimanhas do "demo" inviabilizaram sua ida a tão desejado lugar.
Agora, como o que é do homen o boi não come(no caso o Peixoto), fomos a Iemanjá e com esta protetora nem o coisa ruim atrapalhou mais e comemos "A MUQUECA", que tenho certeza, neste dia, deve ter sido a melhor.
Ha! Também jogamos bridge, mas as mãos eu deixo para o Peixoto contar.

Abraços e viva o Aleco.

João de Deus Vaz da Silva Neto